Oficinas do Instituto #1 Conservação e preservação em tempos de mudança


O ciclo de Oficinas do Instituto tem início com a primeira atividade de formação gratuita e as inscrições estão abertas. É uma realização da Ocupação Espaço Fonte da Memória, em parceria com o Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba, contemplada no Prêmio Afrânio Castelo Branco, realizado pela Secult-PI, com recursos da Lei Aldir Blanc (Governo Federal).

RELEASE
Por João Carlos Araújo (ministrante)

Fenômeno individual e psicológico (cf. soma/psiche), a memória liga-se também à vida social (cf. sociedade). Esta varia em função da presença ou ausência da escrita (cf. oral/escrito) e é objeto da atenção do Estado, que, para conservar os traços de qualquer acontecimento do passado (passado/presente), produz diversos tipos de documentos/monumento, faz apreensão da memória, depende deste modo do ambiente social (cf. espaço social) e político (cf. política): trata-se da aquisição de regras de retórica e também da posse de imagens e textos (cf. imaginação social, imagem, texto) que falam do passado, em suma, de um certo modo de apropriação do tempo (cf. ciclo, gerações, tempo/temporalidade). (LE GOFF, 2003, p. 419).

Conservar corretamente documentos simples do cotidiano social, como certidão de nascimento, fotografias antigas de família e livros, revistas, catálogos, é um grande desafio doméstico. Inimigos como umidade, cupins, formas de manuseio e locais inadequados são alguns dos impasses. Esse desafio é ainda maior em ambientes como os museus, bibliotecas, arquivos, almoxarifados, que guardam fragmentos raros e importantes da nossa história. A conservação do patrimônio cultural, associada a políticas profissionais, que estabeleçam ações de boas práticas em acervos, é crucial para a permanência histórica dos mesmos, evitando a perda de informações relevantes para contextos sociais. Resguardar a memória cultural de um povo, é importante para a significação coletiva e manutenção suas identidades, além da aproximação e conservação do seu patrimônio histórico cultural. A conservação e a restauração têm um papel fundamental na salvaguarda de informações históricas e na garantia do direito à memória, e esta especialidade técnica ainda é escassa no Estado. A preservação abrange toda metodologia usada para conservar os documentos e as informações dos arquivos físicos. Ela comporta a conservação, que por sua vez pode ser definida como o conjunto de ações que amenizam o processo de degradação e perda de informações importantes presentes nos documentos físicos. Diante disso, proponho repensar as práticas de pesquisa e atuação dentro de acervos em diversos suportes, compreendendo este espaço não somente como reservatório de materiais físicos, mais como local de poder, estratégico, de ocupação, e necessário para a manutenção da memória do território ou tema no qual se dispõe. Esta oficina trará exemplos de boas práticas em conservação e preservação de acervos, baseado em conhecimento técnico na área de conservação e restauro, no qual desenvolvi minha pesquisa de mestrado nos últimos anos. 

MINISTRANTE

João Carlos Araújo
Mestre em Artes, Patrimônio e Museologia pela Universidade Federal do Piauí - UFPI (2018- 2020). Graduado em História pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI (2009-2012) - Campus Parnaíba. Analista em Cultura e Produtor Cultural junto ao Serviço Social do Comércio – SESC, atuando no Núcleo de Pesquisa e Memória das Artes Cênicas. “Integrante do Grupo de Pesquisa: “Cidade, Cultura e Identidade”, atuando na linha” História e Movimentos Juvenis". Participou como pesquisador e organizador no projeto Catedral 240 anos. Estagiou no IHGGP (Instituto Histórico, Geográfico, e Genealógico de Parnaíba). Já atuou com docência nos níveis fundamental, médio e cursos de qualificação para profissionais de Educação. Desenvolve atividades como produtor em Artes Cênicas e produtor musical. Recentemente também realiza investigações e práticas com fotografia cênica, fotografia de rua, roteiros e direção de documentários artísticos.

SERVIÇO

Tema: Conservação e preservação em tempos de mudança: O acervo documental como espaço de pesquisa e manutenção da memória.
Carga Horária: 10h/a 
Aulas: 2h30min ao dia. 
Datas: 08, 09, 15, 16 de Julho.  
Modalidade: Online, via Google Meet
Vagas: 30 vagas (podendo ser dialogado a ampliação de acordo com a demanda). 
Público Alvo: Estudantes de graduação e pós graduação, Pesquisadores, Profissionais que atuam em Bibliotecas, Profissionais que atuam em acervos documentais diversos, Profissionais que atuam em almoxarifados, Profissionais que atuam em cartórios, público geral interessado em práticas de conservação em acervo.
Inscrições: de 01 a 06/07.
Certificação ao término da oficina.
Gratuita.

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